quinta-feira, 5 de julho de 2012

Corinthians vence taça Libertadores pela primeira vez na sua história

A equipa brasileira do Corinthians venceu, esta madrugada de quinta-feira, pela primeira vez, a Taça Libertadores da América, após derrotar na segunda mão da final, os argentinos do Boca Juniors, por 2-0. Depois do empate registado no primeiro jogo, a equipa onde alinha o ex-sportinguista Liedson soube aproveitar o facto de jogar a segunda partida em casa, no Estádio Municipal Paulo Machado de Carvalho, para obter um triunfo com golos de Emerson, aos 53 e 73 minutos. Terminado o encontro, o Corinthians pôde então festejar um título que já perseguia há 35 anos e, em particular, após a vitória na competição do Palmeiras. Isto porque, a partir dessa altura, o Corintihians tornou-se na única equipa dos quatro "grandes" do futebol paulista (Santos, São Paulo, Palmeiras… e Corinthians) que não possuía qualquer Taça Libertadores. De referir que o Corinthians foi campeão invicto, repetindo o feito de Boca Juniors (1978), Estudiantes (1969 e 1970), Independiente (1964) e Santos (1963). O Corinthians foi a nona equipa brasileira a conquistar a Libertadores. As anteriores foram São Paulo (1992, 1993 e 2005), Santos (1962, 1963 e 2011), Cruzeiro (1976 e 1997), Grémio (1983 e 1995), Internacional (2006 e 2010), Flamengo (1981), Vasco da Gama (1998) e Palmeiras (1999).

terça-feira, 3 de julho de 2012

Será que algum dia vamos ser campeões?

Terminado o Campeonato da Europa de Futebol que Polónia e Ucrânia acolheram o melhor que puderam, e que teve na Espanha um brilhante (e esperado) vencedor, é hora de fazer um balanço à participação da “equipa de todos nós” na prova e de colocarmos algumas questões sobre o seu futuro. A prestação da nossa selecção superou as expectativas de muita gente e, regra geral, pode dizer-se que Portugal saiu de cabeça erguida deste Euro2012. Mas também existem algumas opiniões contrárias, e que a meu ver não são completamente despropositadas. Para avaliar a campanha de Portugal, temos de começar com os jogos de preparação, contra a Macedónia e Turquia. Com um empate e uma derrota deprimentes, respectivamente, a confiança dos portugueses era baixíssima e para muitos a nossa sina estava traçada: Nem da fase de grupos passamos. Os jogadores não queriam jogar, a equipa era fraca, o treinador idem, o Ronaldo estava a jogar contrariado e estávamos condenados no ''grupo da morte''. Iríamos até perder com a Dinamarca… mas a verdade é que chegamos às meias-finais e fomos apenas eliminados nos penáltis contra a campeã do Mundo e da Europa. O percurso de Portugal neste Euro2012 não foi extraordinário, mas foi muito bom. O primeiro jogo, contra a Alemanha, custou-nos uma derrota, pese embora nem tudo fosse negativo para a equipa das “quinas”. Muitos aproveitaram o deslize para “enterrar”, mas outros avaliaram não apenas o resultado, mas também a exibição (acertademante), perspectivando que a jogar assim poderíamos chegar mais longe. E chegámos. Bastaram duas vitórias - contra a Dinamarca e Holanda - e duas exibições bem conseguidas para que passássemos de bestas a bestiais num ápice. Agora éramos invencíveis e ninguém nos parava. Afinal, tínhamos o melhor jogador do mundo! Afinal, até tínhamos um treinador de luxo e uma equipa invejável, enfim, tínhamos tudo para ser campeões da Europa. No fundo, como na maioria das vezes, mudamos de opinião como quem muda de camisa… o que acarreta os seus inconvenientes. Depois do esporádico terceiro lugar obtido no Mundial de Inglaterra, em 1966, e das participações isoladas no Europeu de França, em 1984, e no Mundial do México, em 1986, só a partir dos anos 90, com o amadurecimento da "geração de ouro", é que Portugal tem marcado presença assídua em Mundiais e Europeus com resultados que têm colocado a equipa entre a nata do futebol mundial. No entanto, pergunto-me se isso é suficiente para alimentarmos a ideia de que um dia vamos ganhar alguma dessas competições. Temos uma boa equipa com um núcleo de qualidade, onde Cristiano Ronaldo é a estrela mais cintilante, rodeada de outras que brilham também, embora com menor intensidade, como são os casos de Nani, Pepe, Coentrão, Meireles ou Moutinho. No entanto, e apesar deste naipe de "virtuosos”, a verdade é que continua a faltar-nos um matador, um goleador, um jogador que materialize em golos a produção ofensiva da equipa. Desde que Eusébio abandonou os relvados – apesar de não ter sido um ponta-de-lança genuíno –, nunca mais Portugal teve um jogador de tal calibre, embora e segundo as estatísticas, Pauleta tenha ultrapassado o "king" no número de golos marcados com a camisola das "quinas” ao peito. A verdade é que até hoje a nossa sina tem sido a de "nadar, nadar e morrer na praia”. Talvez nos possamos inspirar no exemplo da Espanha, que padeceu do mesmo mal durante quarenta anos consecutivos, durante os quais nada ganhou, mas agora é a maior potência futebolística mundial, mesmo que jogue, por vezes, sem pontas-de-lança de raiz. "Nuestros hermanos" elaboraram um modelo de jogo de A a Z em todos os escalões etários das selecções, insistiram com determinação nas suas ideias contra ventos e marés e hoje é o que se vê. Nelson Oliveira, que ainda não passa de uma promessa, poderá num futuro não muito longínquo assumir um papel determinante na frente do ataque da selecção, mas não é uma certeza. Falta-nos também coragem para ousar acreditar verdadeiramente, e com convicção, que um dia vamos mesmo ganhar qualquer coisa, ultrapassando a "malapata" de ficar pelo caminho por uma qualquer razão. A educação da vontade é regida pela influência do sentimento, da imaginação e do temperamento. É no treino destas vertentes, fundamentais na superação individual e colectiva, que também temos de apostar, deixando os "egos” de lado (exemplo negativo que a selecção da Holanda deixou patente neste Euro), e lutando pela vitória como uma verdadeira equipa, porque talento não nos falta. Conseguiremos um dia inscrever o nome da nossa selecção na galeria dos vencedores? O tempo o dirá.

domingo, 1 de julho de 2012

Espanha revalida título europeu


Se dúvidas subsistissem quanto à hegemonia da Espanha no panorama futebolístico europeu e mundial, hoje ficaram dissipadas na final do Euro frente à Itália. A "roja" mostrou que está para durar como a melhor selecção do Mundo. Exibindo um "Taki Taka" difícil de contrariar, a Espanha derrotou e humilhou mesmo a Itália que tinha afastado com mérito a toda poderosa Alemanha.
Foi um regalo ver jogar uma equipa que de futebol sabe tudo.
Os "timings" exactos das transições, a posse e circulação de bola sem igual têm uma complementaridade com a fase de finalização (rica e variada), podendo ser interpretada por vários jogadores - em amplitude e na profundidade - com uma eficácia tremenda. "Nuestros hermanos" mostraram um futebol do melhor que existe. Uma vitória justa num Campeonato da Europa que apenas teve em Portugal um adversário que jogou "olhos nos olhos" e os soube contariar... até às grandes penalidades.
Olé!