segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

O jogo que pode valer uma época

O Sporting joga esta quarta-feira na Choupana, frente ao Nacional da Madeira, um dos jogos mais importantes da época. Arredado do título e da taça da Liga, resta aos “leões” a possibilidade, a nível interno, de vencer a taça de Portugal e tentar salvar aquela que pode ser uma das piores épocas dos últimos anos.
Mas para marcar presença no Jamor, frente à Académica ou Oliveirense, os lisboetas têm que arrancar um resultado que permita anular o 1-1 verificado em Alvalade no encontro da primeira mão. A derrota caseira diante do Gil Vicente pode ter deixado marcas no seio do plantel que não poderá contar com Onyewu, castigado, mas em contra-partida com o regresso de Rinaudo.
Domingos Paciência perdeu o “estado de graça” trazido da capital do Minho, mas também não pode ser apontado como único responsável pelos maus resultados que se têm verificado desde o início de 2012. A contestação ao treinador é evidente, mas também aos jogadores e dirigentes.
Que quando não se ganha passa-se de bestial a besta, não é novidade para ninguém, e com especial ênfase no futebol. Pessoalmente, não acredito que a mudança de treinador seja a solução para os problemas do Sporting, que parecem bem mais profundos e complicados, como atestam os desastrosos resultados da última auditoria à saúde financeira do clube.
O último título de campeão data da época 2001/2002 com László Bölöni. Depois do técnico romeno, mais nenhum treinador teve sucesso, exceptuando Paulo Bento que mesmo assim acabou por se demitir. Infelizmente, no futebol, são os resultados que ditam (na esmagadora parte das vezes) a sorte dos treinadores. Muitas vezes essas mudanças não dão resultado, ou se dão, é por pouco tempo. Está provado que os trabalhos na continuídade (como o actual caso do Benfica) são mais frutuosos. Domingos não desaprendeu e merece que o deixem trabalhar como deseja. Espero que o Sporting tenha a clarividência – e a sorte dos resultados – para não voltar a mudar de treinador.

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